quarta-feira, 28 de julho de 2010

Campus São Borja oferece disciplina de Sociologia do Rock

Fonte: http://www.unipampa.edu.br/portal/noticias/1008-campus-sao-borja-oferece-disciplina-de-sociologia-do-rock


Ter, 27 de Julho de 2010 20:43                                                             Por Heleno Nazário
O Campus São Borja da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) oferece a disciplina complementar de graduação (DCG) Sociologia do Rock, a partir do dia 2 de agosto. A novidade não está na proposta de aulas durante o recesso, mas sim na disciplina, que é única no Brasil. A disciplina complementar de graduação é uma produção coletiva coordenada pelos professores César Beras e Sávio de Azevedo, e fortalecida pela grande interação com alunos.

A procura por uma das 50 vagas foi grande – no total, a lista chegou a 190 nomes, contando alunos e pessoas da comunidade. Tanto interesse está sendo recompensado: os acadêmicos puderam participar desde a definição do programa de aulas à pesquisa e organização do conteúdo audiovisual e informativo. Apenas alunos matriculados, porém, vão assistir às aulas.

No dia 2 de agosto começam as aulas da versão intensiva da DCG, com 15 encontros até o dia 13 de agosto e um artigo como trabalho final. A versão extensiva tem início no dia 28 do mesmo mês, com 18 aulas e uma finalização diferente: como o intervalo entre as aulas será maior e estas vão ocorrer durante o segundo semestre letivo, a ideia é construir um levantamento chamado de “genealogia do rock em São Borja”. A pesquisa deve ir além do aspecto histórico e promete curiosidades. De acordo com o professor, há informações de que o primeiro evento público com apresentação de rock na cidade aconteceu nos anos 80 – em um CTG. 


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DCG vai explorar as ligações da sociedade com o rock and roll e vice-versa, afirma o professor César Beras, do Campus São Borja

Relações entre a música e a sociedade

A meta da disciplina é fazer os estudantes pensarem de que formas a sociedade configura o rock e vice-versa. Para isso, as aulas relacionam momentos e episódios históricos às origens e desdobramentos do gênero musical. “É possível entender e estudar as alterações no mundo de 1950 para cá compreendendo o rock'n roll”, afirma Beras.

Um conceito importante a ser usado na DCG é o de intercessor – que pode ser uma pessoa, um fato, um produto cultural – responsável por deflagrar uma mudança nas relações entre as pessoas e delas com as instituições. No caso do rock, as principais mudanças no mundo ocidental dos últimos 60 anos, da Guerra Fria ao advento da cibercultura, têm ligações com as ideias ventiladas para os jovens por meio das mais diversas bandas e propostas musicais.

Aulas de sociologia do rock são comuns nos Estados Unidos por motivos óbvios, diz o professor, mas uma disciplina desse ramo de estudos sociais ainda não existia no Brasil - embora pesquisas em diversas áreas das Ciências Sociais abordem o gênero musical em suas ligações com a sociedade. Por isso, a DCG vai ser aperfeiçoada com a experiência obtida na versão intensiva. A dinâmica das aulas também busca inovar: além das exposições tradicionais, cinco palestras (batizadas de “Papo Rock”), ministradas pelos professores dos diferentes cursos do Campus São Borja, devem abordar as relações entre diferentes temas de estudo, como literatura e cinema, com o rock.

Outros cinco momentos especiais serão as audições críticas (“Áudio Rock”), com direito a toca-discos e clássicos do gênero musical no vinil. “Tem gente que, por incrível que pareça, não conhece de perto um disco 'bolachão'”, conta o professor Beras. Finalmente, um dentre cinco filmes vai ser objeto de análise no “Cine Rock”, que vai acontecer uma única vez durante a disciplina, de acordo com o plano de aulas atual.

O Que aconteceu com Linkin Park?


A banda californiana multiétnica, multireligiosa e multisonora Linkin Park continua sendo fiel à sua própria ideologia desde seu início, em 1996, confirmando suas próprias certezas com os albums Hybrid Theory (de estreia, em 1998) e Meteora (2003). No entanto, parece ser surpresa para os fãs desses dois álbuns, considerados até então os melhores da história da banda até aqui, que a banda continue sendo experimental a cada disco lançado. Nos últimos anos, e provavelmente em todos, os integrantes do Linkin Park deixavam claro em entrevistas ou mesmo demonstrações sonoras que iriam muito além em conteúdo e forma daqueles 2 álbuns que tornaram a banda mundialmente famosa. Muito criticado e aclamado pelo disco que provava essa conjectura, o Minutes to Midnight (2007) perdeu fãs e ganhou outros, ao apresentar uma sonoridade e temática mais adulta, pondo o Linkin Park como banda chave para eventos greens e assumindo causas políticas em prol da paz, da conscientização e do meio ambiente. Mostrando sobreviver ao até então estilo desfalecente que evidenciou a banda - o Nu Metal -, o Minutes to Midnight é uma prova de que a banda pode resistir às constantes adaptações do meio fonográfico, calando a boca principalmente dos que viam o Linkin Park como mais uma modinha passageira americana. Mesmo com uma proposta nova apresentada pela banda, o Minutes to Midnight foi um dos discos mais vendidos de 2007.









3 anos depois, após alguns singles feitos para os filmes "Transformers" e para a campanha "Download For Haiti", o Linkin Park está prestes a lançar seu novo álbum, "A Thousand Suns", com um single que preparará os fãs para mais um trabalho totalmente inédito em forma e conteúdo apresentado pela banda: "The Catalyst". O single, ao ser liberado em partes na internet, suscitou muitas dúvidas e algumas certezas para os fãs da banda, onde por vezes esqueceram a "ideologia linkinparkeana" de sempre apresentar algo novo a cada lançamento. Definitivamente, em certos momentos O momento agora é de apreensão total para esse álbum. Críticos e apaixonados pela banda estão esperando a música vazar para finalmente provarem de ao menos uma faixa de "A Thousand Suns", que será lançado em 14 de setembro.

E Agora? Fã da Banda ou fã de músicas?

A insatisfação e satisfação, decepção e admiração, todo o jogo de expectativas que se formamperante a obra do artista-ídolo põe uma questão crucial para o fã: ser fã de que? Da banda ou de algumas músicas ou álbuns da banda?
O Fã de um artista costuma segui-lo incondicionalmente. O fã de algumas músicas não conferem valor aos trabalhos que não interessam seus tímpanos. É quando se vê que o fã põe uma condição ao artista: ou ele trilha pelo caminho esperado pelo fã, ou simplesmente o fã deixa de ser fã da banda, aceitando sem grandes resistências as transformações e opções pelo qual a banda decidiu trilhar.

Depois de Minutes to Midinight, o que se poderia esperar?

Uma coisa é certa: Linkin Park nunca mais será o mesmo. Aliás, uma coisa é mais do que certa: o Linkin Park NUNCA foi o mesmo. A mudança é uma natureza da banda. Entre as feras da selva que é o mercado fonográfico, o Linkin Park pode ser considerado como um verdadeiro camaleão. Se isso é bom ou ruim para seus fãs, é uma questão de fidelidade e de gosto. Para a banda, basta sempre estarem se transformando em coisas melhores, satisfatórias para eles.


Para mais informações, acesse o canal do Youtube de Linkin Park. http://www.youtube.com/user/linkinparktv?blend=2&ob=1